Em 2023, observou-se uma leve queda na proporção de jovens entre 6 a 14 anos matriculados no ensino fundamental no Brasil, com 94,6% dessa faixa etária frequentando a etapa escolar considerada apropriada. Esta redução de 0,6 ponto percentual desde 2022 estabeleceu um novo mínimo histórico para o indicador, que agora se encontra abaixo da Meta 2 do Plano Nacional de Educação, fixada em 95%.
A taxa de escolarização, que indica a frequência escolar sem levar em conta o nível de ensino, manteve-se quase universal, com 99,4%, refletindo uma constância positiva em todo o país. Estes dados são extraídos do módulo de Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE.
A situação para a faixa de 15 a 17 anos é desafiadora, com uma taxa de escolarização de 91,9% e uma redução regional significativa no Norte. O alcance da Meta 3 do PNE para esta idade, que visava a universalização até 2016, ainda não foi atingido.
“Atraso escolar vem desde os últimos anos do ensino fundamental”, comenta Adriana Beringuy, do IBGE, evidenciando a necessidade de mais esforços para superar essa questão.
O país também continua a ver uma diminuição no analfabetismo, atingindo 5,4% em 2023, com a maior parte dos analfabetos concentrada entre os mais idosos.
Finalmente, a média de anos de estudo estabilizou-se em 9,9 para pessoas com 25 anos ou mais, com uma ligeira redução na disparidade educacional por cor.