A duas semanas do segundo turno, o cenário político no Ceará se complica para o PT, que enfrenta uma divisão interna após tentar formar uma frente ampla. A estratégia, que visava consolidar apoio contra a liderança de André Fernandes (PL), fracassou. Importantes lideranças cearenses se recusaram a apoiar o candidato petista, Evandro Leitão, alegando ser “a maior covardia contra o povo”. Essa dissidência revelou insatisfação com o autoritarismo dentro do partido.
O atual prefeito de Fortaleza, José Sarto, derrotado no primeiro turno, e Roberto Cláudio, ex-prefeito, decidiram não apoiar Leitão. Roberto anunciou voto útil em Fernandes, enquanto outros optam por neutralidade. Até mesmo o capitão Wagner e Eduardo Girão, que disputaram o primeiro turno, formalizaram apoio ao candidato do PL, deixando o PT ainda mais isolado na reta final.
Com André Fernandes liderando as pesquisas e ampliando sua vantagem, o PT se vê em uma corrida contra o tempo. Apesar das reuniões de última hora, o clima de desânimo no partido indica que a reviravolta desejada se torna cada vez mais improvável.