O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma representação contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, acusando-o de “espionagem” e de atuar como “informante dos Estados Unidos”.
O pedido surgiu após a megaoperação das forças de segurança fluminenses contra o Comando Vermelho, que resultou na morte de 121 criminosos fortemente armados nos complexos do Rio.
Segundo a denúncia, Castro teria compartilhado informações com autoridades norte-americanas e solicitado a classificação da facção como organização terrorista.
Documento cita também a viagem oficial do governador aos EUA, em maio, quando firmou um acordo de cooperação com a agência antidrogas americana (DEA). Apesar disso, o encontro constava na agenda pública e fazia parte de ações de combate ao narcotráfico internacional.
O pedido do PT inclui o afastamento imediato de Castro, quebra de sigilos e restrição de contatos externos. A medida é vista como uma tentativa de enfraquecer o governo fluminense e de deslegitimar o combate às facções criminosas. O governo federal, por sua vez, continua evitando classificar organizações ligadas ao tráfico como terroristas, posição criticada por autoridades estaduais de segurança.
