PT elogia ‘eleição’ de Vladmir Putin na Rússia

Enquanto o mundo busca democracia, o PT celebra eleições questionáveis, reforçando laços com regimes autoritários

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PT elogia ‘eleição’ de Vladmir Putin na Rússia
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O Partido dos Trabalhadores (PT), numa demonstração de afinidade ideológica que contraria os princípios democráticos e cristãos, expressou elogios desmedidos à reeleição de Vladimir Putin na Rússia, descrita por observadores internacionais como marcada por graves irregularidades. Através de uma nota oficial de Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do partido, o PT saudou o que chamou de "feito histórico", reiterando seu apoio ao partido Rússia Unida e à liderança de Dmitry Medvedev, naquilo que descreveu como esforço para um "mundo mais justo, multilateral e plural".

Com palavras que parecem ignorar os alertas de observadores internacionais sobre a legitimidade do processo eleitoral, a nota do PT exaltou a "alta participação eleitoral" e o "resultado avassalador" que conferiu a Putin mais de 87% dos votos. Esta posição é coerente com a histórica simpatia do partido por regimes de cunho autoritário, como evidenciado pelo seu apoio a Nicolás Maduro na Venezuela e ao governo da Nicarágua, ambos marcados por repressão a dissidentes e eleições envoltas em controvérsias.

A presença de Romênio Pereira em Moscou, endossando um processo eleitoral amplamente criticado por sua falta de transparência e equidade, apenas reforça a postura controversa do PT. Adicionalmente, sua participação em discussões sobre "neocolonialismo" ocidental promovidas pelo partido de Putin ressalta uma tendência preocupante de alinhamento com narrativas que buscam desacreditar as democracias liberais em favor de regimes autoritários.

Essa postura do PT, longe de promover um diálogo construtivo e uma postura crítica diante de abusos de poder, coloca em xeque sua credibilidade ao apoiar lideranças questionadas por seu compromisso com os princípios democráticos. A celebração de processos eleitorais em regimes autoritários, especialmente aqueles marcados por acusações de fraude e manipulação como o caso russo, indicado pelo grupo independente Golos como um dos mais corruptos na história do país, revela uma desconexão alarmante com os valores que deveriam orientar a política externa de um partido que já esteve à frente do governo brasileiro.

Em contrapartida, a ideologia conservadora e cristã, alinhada ao bolsonarismo, reitera a importância da soberania nacional, da liberdade individual e do respeito aos direitos humanos, princípios esses que se opõem veementemente ao endosso de regimes que os violam. Este momento evidencia a necessidade de uma reflexão profunda sobre os valores que guiam as relações internacionais do Brasil, privilegiando a defesa da democracia e a promoção de um mundo verdadeiramente justo e plural.