O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou o repasse de R$ 30 milhões, dinheiro do pagador de impostos, para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo, somando um total de R$ 55,6 milhões, verba que poderia ter sido revertida em prol da população paulistana, como na saúde, segurança e educação. A decisão gerou surpresa e insatisfação entre algumas lideranças petistas, como Romênio Pereira, que criticou a falta de diálogo interno antes da movimentação financeira. Ainda assim, a tesoureira Gleide Andrade assegurou que a decisão teve o aval do presidente Lula.
O envolvimento de Marta Suplicy como vice reforça o alinhamento estratégico do PT com Boulos, numa eleição vista como crucial para a esquerda. No entanto, o alto investimento não esconde o risco de uma derrota eleitoral, que poderia manchar a imagem de Lula, vinculado diretamente à campanha.
Em um cenário de crise econômica e descontentamento popular, a aliança entre PT e PSOL expõe o desespero da esquerda em manter sua hegemonia política. O conservadorismo, por outro lado, destaca a importância da responsabilidade fiscal e da transparência no uso dos recursos públicos.