Com quatro candidatos à presidência do PT, o partido mostra sua profunda divisão e dificuldade para se reorganizar. Lula, mesmo com influência, não conseguiu evitar o racha interno, sendo necessário o esforço da ministra Gleisi Hoffmann para conter candidaturas rivais na corrente majoritária CNB. Edinho Silva, ligado a figuras como José Dirceu e Delúbio Soares, é rejeitado por uma parte da própria base, que vê na sua liderança o retorno das práticas do passado que levaram o partido à crise.
Além disso, a candidatura do deputado Rui Falcão, apoiado por grupos como o MST, demonstra o apego da legenda a ideologias ultrapassadas e à militância radical, afastando qualquer possibilidade de renovação. A disputa interna, prevista para julho, expõe a fragilidade da sigla, que parece mais preocupada em manter o controle do que em se renovar para enfrentar o desafio eleitoral.