Vladimir Putin, durante a reunião dos Brics, em Kazan, alertou que o Oriente Médio está próximo de uma "guerra em grande escala". Ele atribuiu essa escalada às tensões entre Israel, Irã e o Líbano, enquanto pede uma "reparação da injustiça histórica" em favor dos palestinos. A fala busca posicionar a Rússia como defensora de um "acordo de paz", mas oculta a própria responsabilidade de Moscou nos conflitos globais, como a guerra na Ucrânia.
Putin usou o fórum para sugerir uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, ampliando a participação de países africanos, asiáticos e latino-americanos, uma proposta que visa expandir a influência do bloco contra o Ocidente. No entanto, tal movimento serve apenas aos interesses russos, que buscam legitimar regimes como o da Venezuela e criar um novo equilíbrio de forças.
Enquanto os Brics evitam comentar sobre a invasão russa à Ucrânia, as críticas seletivas a Israel revelam o interesse do grupo em alterar a ordem mundial, desestabilizando ainda mais regiões já fragilizadas.