Puxadas pela Petrobras, estatais começam a dar sinais preocupantes na gestão e na governança

Além da interferência nas empresas e da nomeação de políticos e velhos "companheiros" para cargos de direção, Lula "ressuscita" estatais que estavam desativadas e lança Arrozbras e Internetbras

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Puxadas pela Petrobras, estatais começam a dar sinais preocupantes na gestão e na governança
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

A Petrobras, símbolo do estatismo nacional, está sob a influência direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem interferindo nas decisões da empresa, desde a política de preços dos combustíveis até a distribuição de dividendos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, declarou à CNN Brasil: "O presidente já falou um milhão de vezes que, tanto em relação à política de preços quanto em relação à política de investimentos da Petrobras, sendo uma empresa estratégica, ele vai atuar como o controlador."

Em um movimento polêmico, Lula forçou um leilão para a compra de quase 300 mil toneladas de arroz importado, através da Conab, na tentativa de controlar a alta de preços, apesar da negação dos produtores gaúchos sobre a falta do produto. Após suspeitas de irregularidades e a demissão do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o governo insiste na compra do arroz, planejando vendê-lo diretamente aos supermercados com preço tabelado.

Além disso, Lula está revitalizando empresas estatais ineficientes, como a Ceitec, conhecida como "a empresa do chip do boi", e propõe criar uma Internetbras para fornecer internet via satélite a escolas em áreas remotas, substituindo a proposta de contrato com a Starlink, de Elon Musk, apesar de ser a única empresa capaz de atender às necessidades do governo.