O Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (Irbes), divulgado pelo IBPT, trouxe um retrato contundente da administração tributária no Brasil. Enquanto o Distrito Federal e São Paulo lideram pela eficiência na conversão de impostos em qualidade de vida, o Norte e o Nordeste enfrentam sérios desafios na gestão dos recursos arrecadados, refletindo em indicadores sociais mais baixos.
A pesquisa, que considera a carga tributária e o IDH, mostrou que regiões como Santa Catarina e Paraná avançam em bem-estar social, enquanto estados como Bahia e Amazonas revelam a ineficiência do uso dos tributos. Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a solução passa por políticas públicas que priorizem saúde, educação e infraestrutura, áreas-chave para o progresso regional.
Esse cenário reforça a importância de uma administração que respeite o contribuinte e invista de forma responsável. As diferenças regionais não podem servir de desculpa para falhas estruturais; pelo contrário, devem ser superadas com gestão estratégica e comprometida.
Abaixo, o ranking completo e o Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (Irbes) de cada estado:
- 1º Distrito Federal: 179,51
- 2º São Paulo: 174,49
- 3º Santa Catarina: 173,13
- 4º Rio de Janeiro: 172,72
- 5º Paraná: 170,53
- 6º Minas Gerais: 170,2
- 7º Espírito Santo: 169,91
- 8º Amapá: 169,14
- 9º Rio Grande do Sul: 169,03
- 10º Ceará: 167,04
- 11º Mato Grosso: 166,98
- 12º Tocantins: 166,59
- 13º Rio Grande do Norte: 166,36
- 14º Acre: 165,68
- 15º Goiás: 165,54
- 16º Mato Grosso do Sul: 164,97
- 17º Pará: 164,59
- 18º Sergipe: 164,35
- 19º Alagoas: 164,1
- 20º Pernambuco: 163,8
- 21º Maranhão: 162,38
- 22º Paraíba: 162,19
- 23º Rondônia: 162,13
- 24º Piauí: 162,11
- 25º Amazonas: 161,78
- 26º Bahia: 161,64
- 27º Roraima: 160,33
Carga Tributária Alta, Retorno Baixo: O Retrato da Ineficiência no Brasil
Um levantamento do IBPT revelou que o Brasil amarga a última posição entre os 30 países com maior carga tributária no mundo quando o assunto é o retorno dos impostos à população. Enquanto países como Irlanda, Suíça e Estados Unidos lideram pela eficiência no uso dos tributos, o Brasil se posiciona abaixo até mesmo da Argentina e do Uruguai, reforçando um cenário de má gestão e desperdício.
Apesar de ser uma das nações que mais arrecada, o país falha em investir adequadamente em saúde, educação e infraestrutura. Para João Eloi Olenike, presidente do IBPT, é fundamental que a sociedade cobre mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos. "Nosso objetivo é conscientizar a população para exigir qualidade nos serviços públicos", afirma.
Este resultado ressalta a urgência de reformas estruturais que combatam o descontrole e promovam uma administração responsável. A alta tributação sem contrapartida digna é um peso injusto para os brasileiros, que merecem um governo focado em resultados.
Confira o ranking completo e o Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (Irbes) de cada país:
- 1º Irlanda: 171,72
- 2º Suíça: 165,92
- 3º Estados Unidos: 161,94
- 4º Austrália: 161,49
- 5º Coréia do Sul: 157,17
- 6º Islândia: 156,38
- 7º Canadá: 156,30
- 8º Nova Zelândia: 155,95
- 9º Uruguai: 155,78
- 10º Israel: 154,94
- 11º Reino Unido: 154,31
- 12º Japão: 153,99
- 13º República Tcheca: 152,09
- 14º Eslovênia: 150,70
- 15º Alemanha: 150,56
- 16º Luxemburgo: 149,41
- 17º Espanha: 149,31
- 18º Hungria: 149,16
- 19º Suécia: 148,43
- 20º Dinamarca: 147,74
- 21º Eslováquia: 147,66
- 22º Argentina: 147,61
- 23º Noruega: 146,17
- 24º França: 146,06
- 25º Finlândia: 145,62
- 26º Itália: 144,98
- 27º Bélgica: 144,44
- 28º Áustria: 144,15
- 29º Grécia: 143,76
- 30º Brasil: 142,35