O relatório do MapBiomas revela que 2024 registrou a maior área queimada desde 1985, com 30 milhões de hectares destruídos, aumento de 62% sobre a média histórica. A Amazônia, com 15 milhões de hectares consumidos, e a Mata Atlântica, com salto de 260%, concentram os impactos mais severos. O cenário evidencia a falta de ação eficaz do governo federal no combate às queimadas.
A combinação de seca severa e o manejo inadequado de fogo na agropecuária agravam a crise ambiental. Casos graves, como os 2 milhões de hectares queimados na Terra Indígena Utiatiti, escancaram o abandono das políticas de proteção ambiental sob a atual gestão.
A coordenadora do MapBiomas, Ane Alencar, reforça que “é preciso continuar reduzindo o desmatamento para não ter ignição para um incêndio florestal”. A omissão do governo na fiscalização e no controle das queimadas coloca em risco biomas vitais, revelando descaso e falta de prioridade na agenda ambiental.