O Brasil enfrenta uma crise ambiental sem precedentes, com recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, revelando a fragilidade da gestão do atual governo. Sob intensas críticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tanto utilizou as questões ambientais para atacar seu antecessor, agora se vê incapaz de cumprir suas próprias promessas de protagonismo na preservação. Em 2024, o país já registrou mais de 102 mil focos de queimadas, o maior número em 14 anos, expondo a ineficiência e o despreparo da administração federal.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela que a Amazônia Legal é responsável por mais da metade dos focos de incêndio, com uma área queimada superior a 113 mil km² até julho. Este triste recorde é o maior desde 2003, superando inclusive os índices de 2007. Enquanto o governo se apoia em narrativas para justificar o aumento das queimadas, a realidade mostra que as ações práticas estão aquém do necessário, deixando o país à mercê da destruição ambiental.
Mesmo com a presença de 1.489 brigadistas no combate aos incêndios, a situação permanece crítica. A ministra Marina Silva, em uma tentativa de minimizar os danos, apontou para práticas humanas como causas dos incêndios, mas essa explicação soa vazia diante dos números alarmantes. A inação e o uso político das questões ambientais apenas reforçam a desilusão com um governo que falha em proteger as riquezas naturais do país, expondo a verdadeira face de uma gestão descompromissada com a realidade.
Corredor de fumaça e animais mortos ou feridos pelas queimadas expõem cenário crítico
Pelo menos 10 estados brasileiros são afetados pelo corredor de fumaça das queimadas na Amazônia e no Pantanal que é transportada pelo vento e cria o que os meteorologista estão apelidando de corredores de fumaça. Até agora, há registros dessa fumaça nos seguintes estados:
- Amazonas
- Acre
- Rondônia
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- São Paulo
- Paraná
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
De acordo com o perito ambiental Rafael de Souza Tímbola, que é engenheiro ambiental e doutor em Engenharia, o volume de queimadas na Amazônia se soma ao que vem do Pantanal, de Rondônia, onde há um mês ocorreu uma queimada no Parque Guajará-Mirim, e até da Bolívia.
“Toda essa fumaça tem formado uma densa camada cinza na atmosfera, sendo arrastada por correntes de ar e formando um verdadeiro "corredor de fumaça" que cobre extensas áreas do país”, explicou o perito ambiental.
Além do corredor de fumaça que afeta a qualidade do ar, prejudicando os seres humanos, os animais também têm sido afetados pelas queimadas. Nos últimos dias, pelo menos três onças-pintadas foram resgatadas com ferimentos nas patas causados pelas queimadas. As onças Antã, Miranda e Itapira foram resgatadas no Mato Grosso do Sul. Elas passarão por tratamento para poder retornar ao seu habitat.