O Pantanal enfrentou uma devastação sem precedentes em 2024, com incêndios consumindo 800 mil hectares, equivalente a 800 mil campos de futebol, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. Este aumento de 2.362% em comparação ao ano anterior revela uma crise alarmante. A combinação de seca severa e ações humanas antecipou a temporada de queimadas, que geralmente começa no final de julho, expondo falhas críticas na gestão ambiental. A previsão é de condições ainda mais secas e quentes, exacerbando a vulnerabilidade do bioma ao fogo.
O Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) relata que cobras, jacarés e anfíbios são as principais vítimas das chamas, transformando a região em um grande cemitério a céu aberto. Atualmente, mais de 500 profissionais, incluindo brigadistas do PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Exército e Força Nacional, estão empenhados no combate ao fogo com o uso de 11 aeronaves e 39 veículos. A situação de emergência declarada em várias cidades de Mato Grosso do Sul evidencia a necessidade urgente de ações efetivas para preservar este importante bioma.
