Racha no PT expõe crise e Lula enfrenta pressão interna

Disputa pela presidência do partido revela embates e fragilidade política

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Racha no PT expõe crise e Lula enfrenta pressão interna
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A sucessão na presidência do PT escancarou uma disputa interna que expõe o desgaste da legenda e coloca Lula sob forte pressão. Durante uma reunião no apartamento de Gleisi Hoffmann, petistas cobraram o presidente por seu apoio a Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, como sucessor na sigla. O embate revela divisões dentro da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), demonstrando que nem mesmo dentro do partido há consenso sobre os rumos políticos adotados.

A tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade, aliada de Gleisi, foi uma das mais incisivas na oposição a Edinho, criticando a escolha de um nome que pode levar o partido a uma direção menos radical. Nos bastidores, a resistência ao ex-prefeito não é apenas ideológica, mas também estratégica, já que sua vitória significaria mudanças internas que ameaçam cargos e privilégios estabelecidos. Lula, por sua vez, evita confrontos diretos, mas já percebe que sua influência não é mais absoluta dentro da sigla.

O cenário é de enfraquecimento e disputas por espaço, colocando em xeque a unidade do partido. O conflito entre os grupos internos do PT evidencia a falta de consenso sobre a estratégia política a ser seguida, com Gleisi defendendo a atual linha radical e Edinho representando uma alternativa mais pragmática. A crise pode comprometer ainda mais a imagem da legenda, que já enfrenta rejeição crescente diante de sua trajetória marcada por escândalos e imposições ideológicas.