As novas regras estabelecidas pelo governo Lula para a destinação de R$ 24 bilhões do Orçamento federal têm gerado polêmica ao oficializar a prática conhecida como “rachadinha”. Coordenadores de bancadas e líderes partidários agora têm o poder de transformar emendas coletivas em “emendas individualizadas de bancada”, desviando recursos que deveriam ser decididos em conjunto pelos parlamentares. Essa manobra, apelidada de "jogo duplo", permite que as verbas sejam direcionadas conforme interesses particulares, sem o devido debate coletivo.
Essas emendas, que deveriam beneficiar estados e comissões parlamentares de forma equitativa, estão sendo redistribuídas por simples ofícios ao Palácio do Planalto, comprometendo a transparência e a ética na aplicação dos recursos. O acordo recente entre o governo, Congresso e STF para proibir essa prática enfrenta resistência entre os próprios parlamentares, evidenciando um cenário de conluio e desrespeito às regras democráticas.
A perpetuação da “rachadinha” sinaliza a continuidade de práticas condenáveis no cenário político, prejudicando o desenvolvimento de projetos estruturantes em benefício do país. O conservadorismo exige vigilância, pois a individualização dessas emendas atenta contra a transparência e o compromisso com o bem comum, favorecendo apenas os interesses pessoais de uma minoria.