Rebeca Andrade pagará R$ 227 mil em impostos sobre premiações recebidas nas Olimpíadas 2024

Medalha de ouro é ofuscada por altas taxas de imposto; proposta visa isentar prêmios esportivos

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Rebeca Andrade pagará R$ 227 mil em impostos sobre premiações recebidas nas Olimpíadas 2024
Gabriel BOUYS/AFP

A ginasta Rebeca Andrade, que brilhou nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com a medalha de ouro, enfrenta uma nova batalha: a elevada tributação sobre sua conquista. Com um prêmio de R$ 350 mil, a atleta terá que lidar com uma alíquota de 27,5% do Imposto de Renda, refletindo a carga fiscal excessiva que pesa sobre os atletas brasileiros. A situação destaca a necessidade urgente de uma reforma que alivie o fardo sobre os campeões nacionais.

Tributação sobre Premiações:

  • Ouro Individual: Rebeca Andrade, com seu ouro no solo, receberá R$ 350 mil. O imposto de renda sobre esse valor será aproximadamente R$ 96 mil.
  • Prata e Bronze: Além do ouro, Rebeca também ganhou duas medalhas de prata e uma de bronze. O total estimado de premiações que ela receberá é de R$ 826 mil, incluindo todas as suas medalhas. Isso significa que o valor total de impostos a ser pago por ela será cerca de R$ 227 mil.
  • Outros Atletas: Por exemplo, Caio Bonfim, medalhista de prata na marcha atlética, receberá R$ 210 mil e pagará aproximadamente R$ 57,7 mil em impostos.

Deputados como Luiz Lima (PL-RJ) e Felipe Carreras (PSB-PE) estão lutando para alterar essa realidade. Eles propuseram um projeto de lei para isentar os prêmios esportivos do imposto de renda, buscando valorizar e reconhecer adequadamente os esforços dos atletas sem penalizar suas vitórias. O projeto é uma resposta necessária à excessiva carga tributária que desmotiva e desincentiva talentos esportivos no país.

Proposta de Isenção de Impostos:

A proposta visa permitir que os atletas recebam na íntegra os prêmios que conquistam, sem a retenção do imposto de renda, reconhecendo sua contribuição como embaixadores do esporte e da cultura brasileira no cenário global. O projeto foi apresentado com caráter de urgência, com o intuito de implementar a isenção antes que os atletas retornem ao Brasil com suas medalhas.

Se aprovada, a isenção reduziria a carga tributária sobre os medalhistas, possibilitando que desfrutem totalmente dos frutos de seu trabalho árduo e das conquistas obtidas em competições internacionais.