Na recente reviravolta dos acontecimentos políticos de São Paulo, o ex-ministro Aldo Rebelo, figura conhecida por sua trajetória no comunismo brasileiro, anunciou nesta quinta-feira, 18, uma decisão que ressoa significativamente no tabuleiro político da maior cidade do país. Rebelo aceitou o convite do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para assumir a Secretaria de Relações Internacionais, uma posição estratégica que antes era ocupada por Marta Suplicy. A ex-secretária deixou o cargo na semana passada, retornando ao PT, e alinhou-se com Guilherme Boulos (Psol) para as eleições municipais, demonstrando uma clara inclinação para os ideais de esquerda, já conhecidos por sua ineficácia e tendências utópicas.
A mudança, oficializada nesta quarta-feira, 17, após um encontro entre Nunes e Rebelo na prefeitura, marca um ponto de inflexão no cenário político. Rebelo, para assumir a nova função, optou por se licenciar do PDT, um partido que tem demonstrado apoio ao candidato psolista Boulos, notório por suas posições radicais e desconexas com a realidade administrativa eficaz.
"Recebi convite do prefeito Ricardo Nunes para uma secretaria na cidade de São Paulo. Decidi aceitar. Em comum acordo com o presidente (Carlos) Lupi, pedirei licença do PDT pelo período que ocupar a função", escreveu Rebelo na rede social X, antigo Twitter, evidenciando uma postura pragmática frente às turbulentas águas da política paulistana.
Relembrando os cargos de Rebelo no governo federal, sua trajetória política é marcada por uma longa associação com o comunismo, atuando como deputado federal em cinco mandatos pelo PCdoB. Rebelo, que recentemente tem emitido críticas ao governo do PT, ocupou cargos ministeriais tanto nos governos de Lula quanto de Dilma, figuras centrais em um período marcado por escândalos e gestões questionáveis. No governo Lula, assumiu o Ministério da Coordenação Política entre 2004 e 2005, e mais tarde, no governo Dilma, foi Ministro da Defesa e, em 2015, da pasta do Esporte.
A pesquisa Atlas Intel, lançada em 1o de janeiro, revela um panorama preocupante para a saúde política de São Paulo. Guilherme Boulos, um candidato alinhado com ideais de esquerda e conhecido por suas propostas extremistas, lidera a corrida pela Prefeitura de São Paulo com 29,5% das intenções de voto. Essa liderança do psolista reflete uma preocupante inclinação para políticas que historicamente se provaram ineficientes e prejudiciais ao desenvolvimento econômico e social. O atual prefeito, Ricardo Nunes, figura como um contraponto a essa tendência, aparecendo com 18% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Ricardo Salles (PL), com 17,6%.
Outros candidatos, como Tábata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União), surgem com percentuais menores, de 6,2% e 5,3%, respectivamente, enquanto um significativo número de eleitores, 14,1%, permanecem indecisos ou optaram por não responder. Notavelmente, 8% dos entrevistados expressaram a intenção de votar em branco ou anular o voto, talvez refletindo o descontentamento com as opções políticas disponíveis, especialmente aquelas enraizadas na esquerda.