A Bolsa de Valores brasileira (B3) enfrentou uma saída recorde de R$ 25,9 bilhões em capital estrangeiro entre janeiro e novembro de 2024, o maior volume desde 2016. O consultor Einar Rivero apontou o cenário alarmante: "Investidores internacionais são cruciais para a B3, e suas saídas refletem um recado claro: há mais dúvidas do que certezas no horizonte." Esse movimento eleva o custo do dólar, pressiona a inflação e enfraquece empresas expostas ao mercado externo.
Esse cenário reflete a falta de confiança do mercado financeiro na gestão atual. Dados mostram que 90% dos agentes do mercado avaliam negativamente o governo Lula. Apesar de esforços isolados do ministro da Fazenda, a ausência de entregas fiscais sólidas e um planejamento sustentável têm alimentado incertezas, afetando a capacidade do Tesouro em captar recursos e agravando a pressão cambial.
Mesmo com indicadores econômicos pontuais favoráveis, como o recorde histórico do Ibovespa, a percepção de risco sobre as contas públicas a longo prazo continua afastando investimentos. A dificuldade em transmitir segurança fiscal para o futuro mantém o mercado em alerta, impactando diretamente a economia e o real.