Bernard Duhaime, relator da ONU para promoção da verdade e justiça, classificou os atos de 8 de janeiro como “tentativa de golpe”, após reuniões com ministros do STF e representantes de partidos alinhados ao atual governo. A fala, marcada por viés evidente, reforça o uso político da narrativa para justificar medidas autoritárias.
Duhaime também criticou a Lei da Anistia de 1979, sugerindo sua reformulação para se adequar à “legislação internacional de direitos humanos”. Desconsiderou, porém, a decisão do STF de 2010 que manteve a validade da norma, alegando que ela teria “reforçado uma cultura de impunidade” no país.
A visita termina hoje, mas os ecos de sua passagem vão além do protocolo diplomático. O parecer oficial será apresentado em setembro e, ao que tudo indica, servirá de munição para pressões internacionais contra garantias já consolidadas na legislação brasileira.