O renomado advogado chileno Claudio Grossman renunciou ao cargo de assessor especial do Tribunal Penal Internacional (TPI) como forma de protesto contra a omissão da Corte em relação aos crimes contra a humanidade na Venezuela. Grossman, que integrou o órgão por três anos, declarou que "seus padrões éticos não mais permitem que ele permaneça calado", denunciando a ausência de ações concretas contra Nicolás Maduro, mesmo após anos de investigações.
Enquanto o TPI falha em responsabilizar Maduro, surgem indícios de conflitos éticos no órgão. Venkateswari Alagendra, cunhada do procurador-geral Karim Khan, atuou diretamente na defesa da ditadura venezuelana, participando de apelações que buscam obstruir as investigações. A falta de imparcialidade no tribunal levanta sérias questões sobre sua eficácia e credibilidade frente a regimes autoritários.
Grossman destacou que, desde a fraude eleitoral de julho, a ditadura de Maduro intensificou a repressão, com mais de 1.900 prisões, incluindo menores de idade. Sua saída do TPI expõe não apenas a inércia institucional, mas também a urgência de respostas enérgicas contra os algozes da liberdade na América Latina.