Um mês após a dramática libertação em Gaza, Danielle Aloni, vítima do sequestro perpetrado pelo grupo reconhecidamente terrorista Hamas, compartilhou com o mundo sua experiência aterradora. Em uma entrevista reveladora à emissora israelense N12, Aloni falou sobre os momentos de pavor vividos junto com sua filha de apenas seis anos. As palavras de Aloni, carregadas de emoção, não encontraram equivalente na língua hebraica para descrever a magnitude do horror vivenciado. “Depois de cobrir minha filha com um cobertor, eu a segurei com força e disse a ela: ‘Sinto muito, vamos morrer aqui’”, recordou com angústia.
O relato de Aloni não apenas descreve os detalhes do seu sequestro, mas também revela a brutalidade com que o Hamas trata suas vítimas. Ao recordar sua reação inicial ao sequestro, ela compartilhou: “Não há palavras em hebraico que possam descrever esse tipo de terror. Eles terão de inventar novas palavras para explicar o que aconteceu naquele dia.” Ainda, em um ato desesperado para proteger sua filha, Aloni relembrou ter suplicado em árabe: “La, la! Binti, binti! La!” (Não, não! Minha filha, minha filha! Não!)
Durante a entrevista, Aloni fez questão de ilustrar a ameaça palpável que pairava sobre elas: o momento em que um terrorista do Hamas ameaçou sua filha com um gesto de arma. A profundidade do trauma vivenciado se estendeu ao terrível momento em que foram levadas à complexa rede de túneis do Hamas, onde testemunharam outras pessoas sequestradas em condições desumanas, com ferimentos graves e sem qualquer assistência médica.
Incrivelmente, no meio do caos e do terror, a pequena filha de Aloni se tornou uma fonte de conforto. Durante um ataque de pânico de Aloni, sua filha, com maturidade surpreendente, acalmou-a, demonstrando uma força e resiliência que vão além de sua tenra idade.
A história de Danielle Aloni e sua filha não é apenas um testemunho da crueldade humana, mas também um poderoso exemplo de fé, coragem e o inquebrantável espírito humano frente às adversidades mais sombrias. É um lembrete da incessante luta pela liberdade e dignidade humanas e da importância de se manter a esperança, mesmo nas circunstâncias mais desoladoras.