Rodrigo Constantino comentarista do programa Bradock Show, comentou o episódio em que um homem tentou pular a catraca da CPTM, foi contido por um segurança e, ao reagir, mordeu o funcionário, perdendo um dente.
Para Constantino, o caso deveria ser simples: “O sujeito cometeu um crime, tentou dar uma de malandro e foi pego. Assunto encerrado.” No entanto, a cobertura da imprensa transformou o ocorrido em narrativa ideológica. O G1 estampou a manchete: “Jovem negro toma mata-leão de segurança após pular catraca da CPTM, perde dente e diz que mordeu o segurança como defesa”.
Constantino não deixou passar a distorção: “O Globo prefere colocá-lo como vítima. E o que tem o negro a ver com isso? Fiz essa pergunta e recebi quase 8 mil curtidas, contra 1.700 da própria matéria.” Para ele, trata-se de mais uma tentativa de vitimização: “Os valores no Brasil da bolha da Globo são muito invertidos.” O comentarista ressaltou que, quando não há limites em casa, a vida impõe de forma dura: “Seguranças e policiais acabam representando o limite que os pais não deram.”
Encerrando sua análise, Constantino reforçou que a maioria dos brasileiros não compra essa narrativa: “O Brasil real entende que é errado pular a catraca, independentemente de cor, altura ou qualquer outra característica. A regra é feita para ser seguida, coisa que a Globo não entende.”
Transcrição na íntegra do vídeo:
Um sujeito baderneiro, provavelmente vagabundo e, cá entre nós, com toda pinta de ser eleitor do PT, tentou pular a catraca, de maneira ilegal, da CPTM em São Paulo. Foi pego pelo segurança, que lhe deu um mata-leão. Nisso, ele morde o segurança e perde um dedo.
Resumo da ópera bufa: o G1 do Globo coloca a seguinte manchete com a foto do cara desdentado e ainda negro, como diria Lula: “Jovem negro toma mata-leão de segurança após pular catraca da CPTM, perde dente e diz que mordeu o segurança como defesa”. Então, veja o grau de inversão das coisas, da ordem cronológica dos fatos. O Globo prefere colocá-lo como vítima e, cá entre nós, o que tem o negro a ver com isso? Aliás, foi a pergunta que eu fiz. A reportagem do Globo recebeu 1.700 curtidas e eu coloquei apenas uma pergunta: “O que o negro tem a ver com isso?” Recebi quase 8 mil curtidas. As pessoas não estão mais com paciência para as narrativas ideológicas woke em vez de reportagens sérias que se atenham aos fatos.
E os fatos quais são? O sujeito cometeu um crime, tentou dar uma de malandro, tentou ir para o vagão sem pagar por isso e foi pego pelo segurança. Reagiu e nessa mordeu o segurança e perdeu um dente. Assunto encerrado. O vagabundo aprendeu, espera-se, uma lição de que não deve fazer isso. Lembrando sempre que, quando a gente não encontra limites em casa, na boa educação dos pais, acaba buscando os limites nas ruas. E muitas vezes as forças policiais ou seguranças têm que representar esse limite que não foi dado pelos próprios pais.
Então é um caso lamentável de um sujeito sem educação, para dizer o mínimo, sem respeito às leis, às regras do jogo, ao bem comum, porque o malandro sempre se acha malandro demais e o problema do Brasil é que tem malandro demais para otário de menos. Então o cara vai pular a catraca porque alguém está pagando por ele, né? Dobrado. Tudo errado nessa história.
E o principal errado na história: a manchete do G1 do Globo, querendo trazer ideologia, vitimização, demonizar o segurança, coitado, que daqui a pouco acaba perdendo o emprego também por conta da visibilidade e do holofote dados pelo G1 para pintar o meliante como coitadinho. Os valores no Brasil da bolha, da Globo, são muito invertidos. Muito invertidos. Mas quero crer, e acredito piamente nisso, que é uma minoria barulhenta, com poder ainda, porque domina a velha imprensa e tudo mais, mas uma minoria, não obstante, que representa o grito estridente, como gafanhotos, mas que temos que lembrar sempre, como diria Edmund Burke, que são animais efêmeros, secos, insetos, insignificantes, enquanto que a maioria do gado pasta em silêncio, mas representa a maioria ordeira.
Basta ver o que aconteceu em Barretos, com Fred Gilson cantando e entoando o Espírito Santo para milhares e milhares de pessoas. O Brasil tem jeito, meus amigos. Esse é o Brasil real, o Brasil fora das bolhas, o Brasil que entende que é errado pular a catraca, independentemente se você é branco, negro, alto, baixo, heterossexual, homossexual, porque é errado pular a catraca.
E se você fizer isso, os seguranças vão ter que colocar limite, vão ter que fazer você entender do jeito mais duro que a regra é feita para ser seguida, coisa que a Globo não entende.