Recentemente, a questão do aborto voltou ao centro das atenções em São Paulo, gerando acalorados debates e acusações de má conduta. No Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, investigações revelaram que médicos realizaram abortos sem comprovação judicial de estupro, o que levou a denúncias de negligência e tortura. O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Angelo Vattimo, confirmou, em depoimento na CPI, que alguns abortos realizados no hospital eram ilegais.
A prática de assistolia fetal, utilizada para realizar abortos em fetos com mais de 22 semanas, foi duramente criticada. Essa técnica, que provoca parada cardíaca no feto, é considerada "inaceitável" até mesmo para a eutanásia de animais, conforme reportagem da Revista Oeste. Essa controvérsia foi amplamente debatida na CPI da Violência e Assédio Sexual contra Mulheres, onde Raphael Câmara, ex-conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), defendeu a proibição desse método.
Durante as discussões, o vereador Rubinho Nunes (União-SP) criticou fortemente os partidos de esquerda e defendeu a vida desde a concepção, acusando-os de falta de caráter ao priorizarem a defesa do aborto sobre a investigação de irregularidades hospitalares. Rubinho Nunes afirmou que as vidas perdidas no hospital foram "assassinadas" e exigiu respeito e investigação dos procedimentos.
Durante a sessão houve uma incursão cultural de manifestantes de esquerda, alguns usavam mascaras grotescas de animais assemelhando ao filme "albergue", segundo apontaram internautas e outra manifestante foi expulsa após tumultuar a sessão, veja o vídeo:
Esse é o tipo de bizarrice que defende o assassinato de crianças. Nem preciso dizer em quem votaram.
— Rubinho Nunes (@RubinhoNunes) May 22, 2024
Gostaria de perguntar ao vô @JoaquinTeixeira: quantos bilhões de "rouaneys" essa performance merece? pic.twitter.com/8BIebKxQTa
Os fatos levantados na sessão da CPI sublinham a complexidade e a sensibilidade do debate sobre o aborto no Brasil, evidenciando tanto questões éticas quanto legais dos procedimentos adotados. Os movimentos pró-vida somaram a maioria dos espectadores na sessão, evidenciando que a população é majoritariamente contra a descriminalização do aborto no Brasil.
Por: Stefanny Papaiano