O ministro Alexandre de Moraes ordenou que a Rumble nomeie um representante legal no Brasil em 48 horas, sob ameaça de suspensão. A exigência ocorre no contexto da perseguição ao jornalista Allan dos Santos, cujas contas foram bloqueadas, mas que continuou utilizando a plataforma. O magistrado alega que a empresa não obedeceu suas determinações e sugere que a conduta possa configurar crime de desobediência.
O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, reagiu com firmeza, classificando a ordem como "ilegal" e reiterando que a empresa não se submeterá à decisão. Em publicação no X, declarou: "Você não tem autoridade sobre a Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos". Pavlovski já havia desafiado Moraes antes e reforçou sua disposição para contestar judicialmente as tentativas de intimidação.
A investida contra a Rumble reforça a escalada autoritária que tenta impor censura sob o pretexto de controle digital. A resistência da plataforma demonstra que, fora do Brasil, as decisões do ministro encontram limites. A liberdade de expressão, tão ameaçada no país, segue sendo protegida onde a lei é respeitada.
