Lula sancionou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, mas o benefício só entra em vigor em 2026, ano eleitoral. A cerimônia foi marcada pela ausência dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, escancarando a crise entre Executivo e Legislativo. Durante o evento, o presidente prometeu fim da jornada 6x1 e isenção total da PLR, sem explicar como financiará as medidas.
O governo implementou ainda um “imposto mínimo” para 140 mil contribuintes com renda acima de R$ 600 mil anuais, alegando neutralidade fiscal. Lula criticou que “quem recebe dividendos não paga IR”, enquanto o trabalhador paga sobre participação nos lucros, tentando justificar a reforma.
Arthur Lira estimou custo de R$ 31,2 bilhões, mas o Senado aponta potencial rombo adicional de até R$ 4 bilhões. Gritos de “sem anistia” durante a cerimônia revelaram divisão até dentro da base governista, expondo fragilidade política e dificuldade de articulação do Planalto no Congresso.