Em um gesto significativo de compromisso com a luta contra o antissemitismo, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, formalizou na última sexta-feira, 15, a adesão do estado à definição de antissemitismo proposta pela Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA). Esta medida, endossada por 40 países, visa intensificar o combate à negação do Holocausto e ao crescente antissemitismo ao redor do globo.
A cerimônia de adesão destacou-se pela participação de figuras proeminentes, incluindo Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Sérgio Napchan, diretor da Conib, Rafael Erdreich, cônsul geral de Israel, e Hana Nusbaum, representante da StandWithUs Brasil. A iniciativa de São Paulo ecoa ações similares já empreendidas pelas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, reforçando o posicionamento do Brasil no combate a esta forma de ódio.
A IHRA define antissemitismo como uma percepção prejudicial dos judeus, que pode se manifestar através de hostilidade. Este preconceito pode ser dirigido a indivíduos judeus e não judeus, bem como a seus bens, instituições comunitárias judaicas e locais de culto, salientando a importância de uma resposta firme e coletiva a tais atitudes.
Recentemente, o aumento de discursos de ódio contra a comunidade judaica no Brasil, especialmente após ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro, sublinha a urgência dessa adesão. Em um incidente perturbador na escola Beacon School, em São Paulo, um jovem judeu de 15 anos foi vítima de antissemitismo, com colegas desenhando suásticas e reproduzindo símbolos e hinos nazistas. A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) tem monitorado de perto tais acontecimentos, enfatizando a necessidade de vigilância e ação contínua.
Esta medida reflete o comprometimento do governo estadual e de instituições brasileiras na preservação da dignidade humana e no combate ao antissemitismo, reafirmando os valores de respeito mútuo e tolerância no cenário nacional e internacional.