Um estudo hipotético mostrou que, se o Brasil adotasse o sistema de delegados dos EUA, semelhante ao que define a eleição presidencial americana, Jair Bolsonaro teria conquistado o segundo mandato em 2022. Baseado no desempenho eleitoral do segundo turno, a simulação indica que Bolsonaro alcançaria cerca de 299 delegados, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva ficaria com aproximadamente 239, ressaltando as diferenças regionais no apoio popular.
O autor da análise, Ramon A. Lage, explicou que o sistema de delegados americano visa equilibrar o peso dos estados, com a quantidade de delegados proporcional à população local. No modelo "winner-takes-all" (o vencedor leva tudo), o candidato que obtém a maioria dos votos em um estado conquista todos os delegados desse estado, sem qualquer divisão para o segundo colocado. Essa configuração tem sido usada para garantir que tanto estados grandes quanto pequenos influenciem o resultado final.
A simulação brasileira baseada nesse modelo destaca um contraste com o sistema eleitoral atual, que considera a maioria de votos popular. Com um foco maior nas diferenças regionais, o sistema de delegados propiciaria uma leitura distinta dos interesses da população, suscitando um debate sobre novas possibilidades para o processo eleitoral no país.
A seguir, veja a simulação veiculada: