O Brasil enfrenta uma das piores secas de sua história, o que ameaça severamente o agronegócio, setor vital para a economia nacional. Com 58% do território afetado, a falta de chuvas e o aumento de queimadas atingem culturas essenciais como café, cana-de-açúcar e frutas. Os efeitos já começam a ser sentidos no bolso do consumidor, com os preços de alimentos básicos subindo e pressionando a inflação.
O impacto no café, por exemplo, será devastador. A valorização internacional do café arábica e a seca prolongada colocam o produtor em uma situação insustentável. "Segurar esse repasse ficou inviável", comentam especialistas do setor. A produção de cana também foi duramente atingida, com queimadas destruindo milhares de hectares, e o etanol tende a seguir a mesma trajetória de alta nos preços.
Enquanto os produtos mais sensíveis, como frutas e hortaliças, já sofrem com a seca, o cenário para a carne bovina também preocupa. As queimadas e a escassez de água prejudicam as pastagens, elevando o custo da produção. Diante dessa crise, resta ao consumidor enfrentar os inevitáveis aumentos que chegarão já nos próximos meses.