O ex-secretário de Políticas Agrícolas, Neri Geller, revelou nesta quarta-feira (12) que sofreu pressão do governo Lula para realizar o leilão de 263 mil toneladas de arroz importado. O leilão foi cancelado na terça-feira (11) devido a suspeitas de irregularidades. Geller se defende, afirmando que está sendo usado como "bode expiatório" pelo fracasso do evento, que envolveu um custo de R$ 1,3 bilhão e a participação de empresas sem histórico no mercado de grãos.
Geller pediu demissão após acusações de favorecimento ao seu filho, sócio de uma corretora participante. Ele alegou que a Casa Civil e o Ministério da Agricultura o forçaram a comprar a grande quantidade de arroz, ignorando críticas do setor agropecuário. "Foi mal conduzido, em um momento de egos aguçados", afirmou Geller. Ele destacou que as condições técnicas não foram seguidas, reforçando a falta de organização. Solicitou, ainda, que a Polícia Federal investigue qualquer possível direcionamento por parte dele, afirmando que sua carreira política de mais de 30 anos não pode ser desprezada.