O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central surpreendeu ao anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, agora fixada em 12,25% ao ano. Trata-se do maior patamar desde 2016, uma resposta direta à inflação elevada e às incertezas econômicas que têm desafiado o mercado. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já alertou que novos ajustes podem elevar a taxa a 14,25%, caso o cenário adverso persista.
Especialistas apontam que a política monetária tem enfrentado dificuldades para conter a inflação. Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, afirmou que "os aumentos anteriores não foram suficientes para estabilizar os preços", refletindo a complexidade da situação econômica atual. O recente pacote fiscal do governo, que desestabilizou expectativas, também foi citado como fator crucial.
Com a Selic em níveis críticos, o Banco Central reafirma seu compromisso de combater a inflação e proteger a economia, mesmo diante de políticas fiscais que pressionam ainda mais o país.