Nesta quarta-feira (3), o dólar finalmente registrou uma queda significativa em relação ao real, encerrando o dia cotado a R$ 5,5693, uma baixa de 1,72%. Esse foi o maior recuo percentual desde o início do governo Lula, refletindo a expectativa do mercado de que o governo possa adotar medidas para conter a crise de confiança. A ausência de críticas explícitas do presidente Lula ao Banco Central e à política monetária atual contribuiu para a melhora do cenário cambial, sugerindo que o silêncio pode ser mais eficaz que suas declarações frequentes e controversas.
Desde 18 de junho, quando o Copom decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, as constantes críticas de Lula ao nível dos juros e ao mercado financeiro só aumentaram a volatilidade do dólar, que chegou a R$ 5,70. As declarações infundadas sobre um suposto "jogo de interesse especulativo" contra o real exacerbaram a insegurança entre investidores. A recente queda do dólar, no entanto, evidencia que a estabilidade econômica depende mais de ações concretas e menos de discursos inflamados e sem fundamento, destacando a importância de uma gestão responsável e conservadora frente aos desafios econômicos do país.