O setor agrícola no Oeste da Bahia se aproxima do final da fase de semeadura da soja, conforme indicam os dados mais recentes do levantamento de campo do Núcleo de Agronegócios da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Até o momento, cerca de 1,9 milhão de hectares de soja foram plantados na região, representando 98,9% da área total estimada para cultivo.
De acordo com as informações do Conselho Técnico, espera-se que a semeadura atinja uma extensão de 2 milhões de hectares. Na safra passada, a região do oeste baiano dedicou 1,860 milhão de hectares ao cultivo da oleaginosa, mantendo-se como a principal cultura agrícola da área, abrangendo 69% do total plantado.
Na última semana, a atividade agrícola intensificou-se nas microrregiões de Cascudeiro e Campo Grande, em Baianópolis, Coaceral em Formosa do Rio Preto e Rio Grande em São Desidério. Muitos produtores rurais se dedicaram ao plantio e replantio da soja, aproveitando as condições favoráveis do clima, marcadas pelo retorno e pela uniformidade das chuvas.
Odacil Ranzi, presidente da Aiba, enfatizou a importância das recentes condições climáticas e das previsões de chuva para a conclusão da semeadura nos próximos dias. “Tivemos uma evolução significativa no plantio da área. Graças a Deus, o clima colaborou e os produtores rurais comemoram o retorno da chuva na nossa região, beneficiando locais onde o plantio estava atrasado”, destaca Ranzi.
Em um desenvolvimento relevante para o setor, foi publicada no dia 29 de dezembro de 2023 a Portaria de Nº 140 pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Essa portaria estende excepcionalmente o prazo de semeadura de soja até 10 de janeiro de 2024, para a Safra 2023/24, especificamente na região Oeste da Bahia. A norma proíbe a semeadura e o cultivo de soja em sucessão na mesma área e no mesmo ano agrícola, aplicando-se exclusivamente à Safra 2023/24.
Aloísio Júnior, gerente de Agronegócios da Aiba, esclareceu o impacto desta decisão: “Essa prorrogação de prazo para semeadura oferece maior segurança aos produtores que enfrentaram dificuldades devido à falta ou má distribuição das chuvas nos núcleos produtivos”.
Este cenário reflete um momento promissor para a agricultura no Oeste da Bahia, demonstrando a resiliência e a capacidade de adaptação dos produtores da região frente aos desafios climáticos. A extensão do prazo de semeadura surge como um apoio crucial, garantindo a continuidade e o sucesso do ciclo agrícola na região.