Semeadura da soja 2023/2024 é prorrogada na Bahia

Oeste da Bahia adapta semeadura de soja para superar desafios do El Niño e preservar produção recorde

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Semeadura da soja 2023/2024 é prorrogada na Bahia
Reprodução

O setor agrícola do Oeste da Bahia, vital para a economia regional e nacional, enfrenta desafios significativos devido às condições climáticas adversas. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em coordenação com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e o Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, decidiu prorrogar o prazo de semeadura da soja para a safra 2023/2024 até 10 de Janeiro. Esta medida reflete uma resposta estratégica ao baixo volume de chuvas entre Outubro e Dezembro de 2023, uma consequência direta do fenômeno El Niño.

Vinícios Videira, diretor de Defesa Vegetal da Adab, esclarece a situação: “Com a dificuldade na conclusão da semeadura da soja, a Adab publicou a Portaria nº140, em 29 de dezembro de 2023, com vigência apenas para a safra 2023/24, sem prejuízo da aplicação de qualquer outra norma que discipline a matéria”. A intenção clara desta ação é garantir a continuidade do sucesso na produção de soja, minimizando os impactos negativos das irregularidades no regime pluviométrico e das elevadas temperaturas registradas no último trimestre de 2023.

A soja é a principal cultura agrícola do Oeste baiano, uma região que representa 4% da área total de soja cultivada no Brasil. Notavelmente, a produção da soja nesta região corresponde a 49% do total produzido no Nordeste. Na safra 22/23, o Oeste da Bahia alcançou um marco histórico, registrando uma produção aproximada de 7.477 milhões de toneladas, um aumento de 7,70% em relação à safra anterior.

Esta decisão de adaptar o calendário de semeadura demonstra não apenas a capacidade de resposta rápida do setor agrícola diante de desafios climáticos, mas também um compromisso com a sustentabilidade e eficiência produtiva. A medida adotada pela Adab, em concordância com os agricultores e irrigantes, é um exemplo de gestão proativa e resiliente, essencial para assegurar a continuidade do crescimento agrícola na região e, por extensão, no Brasil.