Em setembro, o setor público brasileiro registrou um deficit de R$ 7,3 bilhões, segundo o Banco Central, que indicou uma redução de 59,4% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o deficit alcançou R$ 18,1 bilhões. Esse resultado, apesar da queda, reflete um cenário de persistente fragilidade econômica, evidenciando a necessidade de controle rigoroso nas contas públicas e a urgência de ações consistentes para reverter o quadro.
Ao longo dos últimos 12 meses, o deficit acumulado do setor público alcançou R$ 245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do PIB. A dívida bruta do governo chegou a 78,3% do PIB, somando R$ 8,9 trilhões, o que representa um aumento significativo e preocupante para a estabilidade econômica. Esse nível de endividamento compromete a confiança de investidores e impõe riscos ao crescimento sustentável.
Para tentar conter o avanço do deficit, o governo cogita revisar despesas com programas essenciais, como o BPC e o Fundeb. No entanto, esse pacote de cortes foi adiado, gerando apreensão no mercado. Agentes financeiros alertam que sem uma contenção real das despesas, o Brasil dificilmente conseguirá cumprir as metas fiscais nos próximos anos, o que pode comprometer ainda mais a saúde econômica do país.
