A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decretou sigilo sobre documentos relacionados ao apagão que deixou 2,1 milhões de paulistanos sem energia, atendendo a um pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A decisão foi tomada após o envio de um ofício solicitando investigação das falhas da concessionária Enel, responsável pelo serviço, mas sem permitir acesso público aos dados.
O pedido de informações, feito com base na Lei de Acesso à Informação, incluía relatórios internos da Aneel e pareceres técnicos. No entanto, a agência alegou que os documentos estão em "fase preparatória" e limitou o acesso a representantes da própria Enel, gerando críticas sobre a transparência no caso e na gestão pública dos serviços essenciais.
A situação, agravada pela recorrência de apagões em São Paulo, tem gerado descontentamento popular. Diante da reação pública, a falta de clareza sobre as providências da Aneel reforça questionamentos sobre a proteção de interesses dos cidadãos em detrimento de concessionárias e torna urgente uma resposta concreta do governo.