Os sindicatos acusam o governo de restringir o direito de greve dos professores federais, após o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos ter rejeitado continuar as negociações por reajuste salarial e exigido a assinatura de um acordo até 27 de maio. A mensagem do Ministério afirmou que "não resta margem para novas contrapropostas", o que foi visto como autoritário pelos docentes.
O Andes, Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior, reagiu afirmando que a postura do governo reforça o autoritarismo e ameaça o direito de greve. Segundo o sindicato, a proposta do Ministério inclui reajuste de 4,5% ao ano para 2025 e 2026, enquanto os servidores pedem aumentos mais imediatos, começando com 7,06% em 2024. O presidente do Andes, Gustavo Seferian, classificou a postura do governo como "imensa intransigência" e destacou que a base da categoria pode apresentar nova contraproposta no dia 27 de maio.
A greve dos professores, iniciada em 15 de abril, abrange universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais em todo o país. Além da recomposição salarial, os docentes exigem mais investimentos nas instituições de ensino, ressaltando a importância de fortalecer a educação no Brasil.