O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma grave disparidade entre o aumento das receitas e o crescimento desenfreado das despesas públicas. Apesar de uma arrecadação recorde de R$ 1,57 trilhão, as despesas federais dispararam R$ 101,4 bilhões, resultando em um deficit primário de R$ 105,2 bilhões. A receita líquida cresceu 6,4%, mas os gastos superaram esse aumento em 6,5%, refletindo um rombo crescente nas contas públicas.
Os maiores responsáveis por esse desequilíbrio foram os aumentos nos gastos com benefícios previdenciários e programas como o Fundeb e o seguro-desemprego, que pressionaram ainda mais o orçamento. A situação fiscal preocupante exige medidas urgentes, mas o pacote de corte de gastos, prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue atrasado, alimentando a incerteza sobre o futuro econômico do país.
Com projeções financeiras apontando o não cumprimento das metas fiscais até 2027, o governo precisa reavaliar com urgência suas políticas fiscais. Caso contrário, o país poderá enfrentar uma crise fiscal ainda mais profunda, comprometendo a estabilidade e a confiança dos investidores.