Sócios de empresas de ônibus acusadas de ligação com o PCC doaram para PT e o antigo DEM em SP

Empresários investigados contribuíram com valores significativos para partidos políticos, afirma Ministério Público

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Sócios de empresas de ônibus acusadas de ligação com o PCC doaram para PT e o antigo DEM em SP
Reprodução/Receita Federal

Sócios de empresas de ônibus, investigados por suposta ligação com atividades criminosas, realizaram doações expressivas para campanhas eleitorais em São Paulo. Essas empresas, conforme investigações, podem ter envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante as eleições de 2020, os partidos PT e o antigo DEM, agora parte do União Brasil, receberam doações que somam valores consideráveis.

Luiz Carlos Efigênio Pacheco, presidente da Transwolff, e Robson Flares Lopes Pontes, diretor da Cooperpam, ambos detidos preventivamente, estão entre os principais contribuintes. O Ministério Público os acusa de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A operação "Fim da Linha", que trouxe estas informações à luz, resultou ainda na intervenção municipal em algumas destas empresas.

No âmbito político, o vereador Antonio Donato (PT), atual deputado estadual, e o diretório municipal do DEM, liderado à época por Milton Leite, foram beneficiários destas contribuições. Segundo Donato, todas as doações foram legalmente registradas junto à Justiça Eleitoral. Ele destaca que, antes das eleições de 2020, foi abordado por Pacheco que expressou interesse em apoiar um candidato de oposição.

Milton Leite também defendeu a legalidade das transações, afirmando que todas as doações recebidas foram declaradas e aprovadas pelas autoridades competentes. Estas afirmações vêm em resposta ao escrutínio do Ministério Público, que questiona a legitimidade das doações, especialmente considerando a disparidade entre os valores doados e o patrimônio declarado dos envolvidos.

Apesar das garantias de transparência e legalidade por parte dos políticos e partidos beneficiados, o Ministério Público mantém suas suspeitas e continua a investigar a fundo as origens e destinos desses recursos dentro do cenário político paulista.