Na Bolsa de Chicago, a soja demonstrou uma perda de ímpeto na sessão desta segunda-feira (4), mantendo-se, ainda assim, em território positivo. Os ganhos, embora modestos, variavam entre 2 e 6,50 pontos nas negociações mais ativas, com a cotação para maio situando-se em US$ 11,53 e para agosto em US$ 11,61 por bushel. Observou-se que o farelo de soja, inicialmente em alta de mais de 1%, teve sua valorização reduzida para 0,4% ao final do pregão, enquanto o óleo de soja registrou declínio.
O mercado permanece incerto, aguardando novas diretrizes que possam ser extraídas tanto do próximo boletim mensal de oferta e demanda, a ser divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta-feira (8), quanto do relatório sobre a área destinada à safra 2024/25 nos EUA, previsto para o fim do mês.
Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro, comenta sobre a vulnerabilidade do mercado, influenciada por posições excessivamente vendidas por parte dos fundos. No entanto, destaca que a demanda, operando de maneira cautelosa e adquirindo suprimentos conforme a necessidade imediata, permanece confiante frente à oferta substancial proveniente da América do Sul, apesar das adversidades enfrentadas pela safra brasileira de soja.
Adicionalmente, Sousa antecipa que, no dia 8 de março, o USDA possa revisar para baixo sua previsão para a safra brasileira de soja, reduzindo-a em ao menos três milhões de toneladas em relação à estimativa de fevereiro, que apontava para uma produção de 156 milhões de toneladas.
Neste início de semana, o mercado também reage às informações divulgadas pelo USDA sobre novas vendas de milho da safra 2023/24 dos EUA para Taiwan, além de transações de farelo de soja para destinos não especificados, abrangendo as safras de 2023/24 e 2024/25. Este cenário aponta para um período de ajustes e expectativas, onde operadores e investidores se posicionam diante das iminentes atualizações e relatórios.