Na tarde desta quinta-feira (22), o mercado da soja na Bolsa de Chicago apresentou uma nova retração, revertendo os modestos ganhos observados nas primeiras horas do dia. Às 12h20, horário de Brasília, as cotações registravam uma queda de 3 a 3,25 pontos, com o contrato de março operando abaixo dos US$ 11,60 por bushel, cotado a US$ 11,57. Os contratos de maio e novembro, este último um indicativo para a próxima safra norte-americana, eram negociados a US$ 11,61 e US$ 11,43 por bushel, respectivamente.
Este movimento de lateralização do mercado reflete a ausência de novidades impactantes no cenário atual, com os investidores avaliando fatores já conhecidos. Dentre eles, as condições climáticas na América do Sul, que são cruciais para a definição dos rendimentos da safra 2023/24, e as expectativas em relação à demanda global pelo grão, bem como as primeiras indicações para a temporada 2024/25 nos Estados Unidos, estão no foco dos traders.
Na Argentina, a preocupação com o déficit hídrico persiste, já que as previsões indicam chuvas insuficientes para os próximos dias, aumentando a ansiedade do mercado quanto ao tamanho efetivo da safra. Essa insegurança foi amplificada por um recente ajuste na estimativa de produção pela Bolsa de Comércio de Rosário, que reduziu sua projeção de 52 para 49,5 milhões de toneladas.
Esses fatores combinados sugerem um período de cautela e observação por parte dos investidores, que se mantêm atentos às variações climáticas, especialmente na América do Sul, e às tendências de demanda global, enquanto aguardam por informações mais concretas que possam direcionar as próximas movimentações do mercado da soja.
