Os preços da soja apresentaram estabilidade no início desta semana na Bolsa de Chicago. Na manhã de segunda-feira, as cotações oscilaram levemente, registrando um aumento de 0,25 a 1 ponto. O contrato de março foi cotado a US$ 11,33 por bushel, enquanto o de maio alcançou US$ 11,42, sinalizando um mercado que segue atento às próximas movimentações.
Na mesma linha, os futuros do farelo de soja registraram uma elevação de 0,4%, contrastando com uma ligeira queda de 0,3% nos futuros do óleo de soja, segundo dados da CBOT (Chicago Board of Trade).
O setor aguarda ansiosamente por notícias capazes de influenciar as direções dos preços, com especial atenção ao clima na América do Sul, ao encerramento da safra 2023/24 e às dinâmicas da demanda global.
Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro, destacou as condições climáticas recentes: "Final de semana de poucas chuvas na Argentina. As chuvas leves e moderadas ficaram concentradas no norte do país e centro de Santa Fé e Córdoba. No Brasil, as chuvas concentraram-se no Centro-Oeste e parte do MATOPIBA". Ele também apontou para as previsões dos próximos dias, que indicam tempo seco para a Argentina e o centro-oeste brasileiro, mas com expectativa de chuvas moderadas no Sul do Brasil e precipitações mais intensas no PI, MA e norte do TO.
Sobre a demanda global, Sousa observou uma tendência de cautela por parte dos compradores chineses, que adotam uma estratégia de compras pontuais, visando não inflacionar os preços. "Os chineses devem seguir comprando da mão pra boca, numa política de não inflacionar os preços, o que certamente ajuda a pressionar a CBOT", explicou.
Diante desse cenário, o especialista foi categórico ao avaliar as perspectivas para os preços da soja em Chicago: "No momento, não há fundamentos que possam ajudar a puxar os preços. Qualquer rally que aconteça por eventos específicos e cobertura dos fundos, entendemos como oportunidade de vendas", concluiu Sousa, evidenciando uma visão estratégica frente às oscilações do mercado.
Este panorama reforça a complexidade e a volatilidade do mercado de commodities agrícolas, onde fatores climáticos, econômicos e políticos interagem continuamente, desafiando produtores, investidores e analistas a se adaptarem a um ambiente de constantes mudanças.
