Nesta manhã de quinta-feira (11), a Bolsa de Chicago registrou uma tendência ascendente nos preços da soja, marcando uma recuperação após dias de declínios consecutivos. Os investidores aguardam com expectativa o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para amanhã. Perto das 7h (horário de Brasília), observou-se um aumento de 7,75 a 8,75 pontos nos futuros da oleaginosa, com março cotado a US$ 12,45 e maio a US$ 12,55 por bushel. Paralelamente, outras commodities como o milho, o trigo, o farelo e o óleo também apresentaram ganhos.
O mercado parece fazer uma pausa nas recentes perdas, concentrando-se nas informações que serão divulgadas pelo USDA. Há uma expectativa de um corte na estimativa da safra brasileira, embora acredita-se que isso terá um impacto limitado nos preços, similarmente ao que ocorreu após o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última quarta-feira (10).
Além disso, os traders mantêm um olhar atento às condições climáticas na América do Sul. Enquanto previsões favoráveis emergem para a Argentina, crescem as preocupações com o Sul do Brasil e com partes do Centro-Oeste, que enfrentam escassez de chuvas e calor excessivo.
A colheita brasileira, já em andamento, vem revelando índices de produtividade inferiores às médias históricas, refletindo os desafios climáticos acumulados ao longo do período de desenvolvimento da safra, com destaque para as adversidades enfrentadas pelo estado de Mato Grosso na safra 2023/24.
O panorama do mercado agrícola, contudo, não se limita às commodities específicas, mas também se estende às condições do mercado financeiro e à dinâmica da demanda global. Este cenário exige dos produtores e investidores uma visão holística e uma adaptação estratégica às variáveis, reforçando a importância de uma gestão eficiente e antecipatória em um setor vital para a economia e a segurança alimentar.