Na manhã desta sexta-feira (2), a Bolsa de Chicago registrou um cenário de estabilidade para os futuros da soja, após uma semana caracterizada por intensa volatilidade. Às 7h10 (horário de Brasília), os contratos para março apresentavam uma leve alta de 0,25 ponto, cotados a US$ 12,03, enquanto as demais negociações oscilavam, com perdas entre 1 e 2,75 pontos, destacando-se o maio a US$ 12,13 por bushel.
Os traders mantêm um olhar atento sobre as ações dos fundos investidores, simultaneamente avaliando as condições climáticas adversas na América do Sul. Particularmente na Argentina, os alertas estão ligados, com a safra começando a evidenciar sinais de deterioração em algumas regiões, o que acende uma luz de preocupação quanto à disponibilidade futura no mercado global.
Além disso, a demanda por soja mostra-se mais lenta neste momento, um fenômeno que adiciona uma camada de complexidade ao cenário atual. Nesse contexto, a competitividade da soja brasileira emerge como um fator crucial, exercendo pressão sobre as cotações na Chicago Board of Trade (CBOT). A soja nacional, oferecida a preços mais acessíveis, tem reduzido a procura pelo produto dos Estados Unidos, conforme evidenciado pelo boletim semanal de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que registrou vendas de apenas 164 mil toneladas na última semana.
Este panorama reflete as nuances do mercado agrícola internacional, onde a interação entre oferta, demanda, condições climáticas e movimentos de investimento determina as flutuações de preço. A situação da soja, tanto na Bolsa de Chicago quanto nos campos da América do Sul, ilustra a interdependência global do agronegócio e os desafios enfrentados pelos produtores e investidores em um mundo cada vez mais conectado. Acompanhar essas dinâmicas torna-se essencial para entender as tendências do mercado e antecipar os movimentos futuros, reforçando a importância da agricultura no cenário econômico global.
