Soja recua em Chicago com safra recorde brasileira e clima no radar

Mercado acompanha queda nos preços enquanto traders aguardam relatório do USDA e monitoram condições climáticas

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Soja recua em Chicago com safra recorde brasileira e clima no radar
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Os preços da soja seguem em queda na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (7), refletindo a expectativa de uma safra recorde no Brasil e o recuo das vendas americanas. De acordo com a Pátria Agronegócios, “o início da colheita no Brasil, em algumas regiões, amplia a pressão”, enquanto a soja em grão também é impactada pela baixa no farelo. Às 12h05, os contratos futuros registravam perdas de até 8,50 pontos, com o março cotado a US$ 9,90 por bushel.

A volatilidade do dólar, negociado a R$ 6,08 ao meio-dia, e o clima adverso na América do Sul também influenciam o mercado. Enquanto o Sul do Brasil e regiões da Argentina enfrentam chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, lavouras começam a sentir o impacto. Traders permanecem cautelosos à espera do relatório do USDA, previsto para sexta-feira (10), que pode trazer ajustes importantes nas estimativas para as safras sul-americanas.

A queda dos futuros da soja acompanha também a desvalorização de milho e trigo, que devolvem os ganhos da sessão anterior. Contudo, o óleo de soja apresenta desempenho positivo, com alta de mais de 1% nos contratos mais negociados. Este cenário reforça a importância da competitividade brasileira no mercado global, especialmente diante de condições que ampliam a projeção da safra nacional.

Com a posse de Donald Trump como presidente dos EUA em duas semanas, o setor agrícola monitora possíveis mudanças nas tarifas comerciais e as relações com parceiros estratégicos, como a China. Enquanto isso, a força do agronegócio brasileiro reafirma sua relevância ao garantir alta produtividade, mesmo em meio a desafios climáticos e incertezas globais.