Soja recua em Chicago, mas segue pressionada por seca na Argentina

Mercado avalia condições climáticas, colheita no Brasil e cenário macroeconômico

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Soja recua em Chicago, mas segue pressionada por seca na Argentina
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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuaram nesta quinta-feira (1º), após uma leve realização de lucros no final da sessão anterior. No entanto, o mercado segue pressionado pela seca na Argentina, que pode afetar a produção do país vizinho.

Após fechar em alta de 1,25% na quarta-feira (31), os contratos do março da soja caíram 5,75 pontos, ou 0,47%, para US$ 12,14 por bushel. Já os contratos do maio recuaram 8 pontos, ou 0,66%, para US$ 12,25 por bushel.

A seca na Argentina é um fator de suporte aos preços da soja, já que pode reduzir a oferta global do produto. O país vizinho é o segundo maior produtor mundial de soja, e as condições climáticas adversas podem afetar a produtividade da safra 2022/23.

Outro fator que tem pressionado os preços da soja é a colheita avançando no Brasil. De acordo com o Instituto Soja Brasil (ISB), a colheita da soja no país atingiu 44,3% da área cultivada até o dia 28 de janeiro.

O macrocenário também é monitorado pelo mercado. A saúde financeira da China, principal importadora de soja do mundo, é um fator de preocupação. O país enfrenta uma crise imobiliária, que pode afetar a demanda por soja.

Os mercados de derivados da soja também estão em alta. O farelo de soja fechou em alta de 0,50%, a US$ 396,30 por tonelada. Já o óleo de soja subiu 0,50%, a US$ 1.988,50 por tonelada.

Análise

A soja deve continuar pressionada nos próximos dias, com a seca na Argentina sendo o principal fator de suporte aos preços. A colheita no Brasil também pode contribuir para a queda dos preços, já que aumenta a oferta global do produto.

No entanto, o macrocenário também é um fator de preocupação. A crise imobiliária na China pode afetar a demanda por soja, o que pode limitar a queda dos preços.