O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta sexta-feira (19) que os R$ 400 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal têm origem na venda de um imóvel localizado em Minas Gerais. O dinheiro foi encontrado durante a Operação Galho Fraco, que investiga suposto desvio de recursos da cota parlamentar envolvendo Sóstenes e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Em declaração à imprensa, o parlamentar disse ter recebido a quantia recentemente, em maços lacrados, e alegou que não realizou o depósito bancário por conta da rotina intensa de trabalho, classificando a situação como um “lapso”. Segundo ele, o imóvel está devidamente declarado no Imposto de Renda e não há qualquer irregularidade na operação.
A Polícia Federal informou que o dinheiro estava guardado em um saco preto dentro de um armário, em um endereço inicialmente não identificado pelo deputado. Posteriormente, Sóstenes confirmou que o valor estava em seu flat em Brasília. Questionado sobre manter uma quantia elevada em casa, respondeu: “Ninguém pega dinheiro ilícito e bota em casa. Eu recebi e coloquei ali. Simples.”
A Operação Galho Fraco apura indícios de uso de recursos da cota parlamentar para despesas inexistentes e pagamentos considerados irregulares. O deputado afirmou que sua movimentação financeira é acompanhada por contadores e garantiu que prestará todos os esclarecimentos às autoridades.