A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que permite a inclusão do termo "parturiente" em documentos de registro para filhos de pessoas trans, suscita questionamentos profundos sobre os rumos da sociedade brasileira. O julgamento da ADPF 787, relatado pelo ministro Gilmar Mendes, sinaliza mais um passo rumo à desestabilização de valores que historicamente sustentaram a estrutura familiar. A introdução de uma linguagem que desconsidera o sexo biológico em documentos tão essenciais é um reflexo da crescente influência de movimentos políticos que pretendem reescrever as bases naturais da vida humana.
O argumento utilizado por figuras progressistas para justificar a inclusão do termo "parturiente" é centrado na ideia de inclusão e respeito à diversidade. No entanto, o efeito prático dessa medida é a imposição de uma visão de mundo que ignora a biologia e desafia a compreensão natural de família. Ao alterar o termo "mãe" — conceito tão arraigado na cultura e no coração dos brasileiros — a decisão enfraquece um dos pilares mais sólidos da sociedade: a figura materna. É preocupante que, para acomodar uma pequena parcela da população, toda a sociedade seja compelida a aceitar mudanças que desafiam a lógica e o senso comum.
As implicações dessa decisão não se restringem ao papel de documentos formais. Elas refletem a interferência crescente do Estado na vida privada, pressionando instituições como o Sistema Único de Saúde (SUS) a modificarem seus procedimentos para atender demandas que vão além da ciência e da medicina. A sociedade brasileira precisa refletir sobre até onde essas mudanças, muitas vezes promovidas por setores politizados, realmente servem ao bem comum. Afinal, a preservação de valores que sustentam a identidade nacional deve ser prioridade na construção de um futuro equilibrado e coeso.