Luís Roberto Barroso, presidente do STF, autorizou o pagamento de R$ 10 mil mensais a juízes auxiliares convocados para Brasília. A verba, chamada de “indenização por perdas”, substitui diárias e busca compensar custos com aluguel e mudança. Tudo sob o manto técnico da legalidade, mas com o mesmo destino: inflar salários e burlar o teto do funcionalismo.
Cada ministro pode requisitar até três juízes. Com a nova manobra, os rendimentos desses servidores se aproximam dos R$ 46 mil, valor pago a ministros do STJ. A medida reacende o debate sobre os “penduricalhos” que desfiguram o princípio da moralidade e da equidade no serviço público, enquanto milhões de brasileiros enfrentam cortes e sacrifícios.
Em tempos de ajuste fiscal, o Supremo escolhe ampliar privilégios ao invés de dar exemplo. Sem transparência, cria-se mais uma blindagem de luxo no Judiciário, sustentada por um povo que assiste calado à elite togada viver fora da realidade.