O Supremo Tribunal Federal (STF) está debatendo a possível conclusão do inquérito das fake news (Inquérito 4781), que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques contra a Corte. A iniciativa, ainda inicial, pretende sinalizar ao Congresso uma tentativa de distensionamento entre os Poderes e reduzir as pressões pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, conforme noticiado por O Antagonista.
Aberto em 2019 e prorrogado diversas vezes, o inquérito se tornou um foco de tensão entre o STF e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora ministros como Moraes e Gilmar Mendes defendam sua continuidade para prevenir futuros ataques, há integrantes da Corte que consideram que a investigação já cumpriu seu papel. A controvérsia foi ampliada pelas recentes reportagens da Folha de S. Paulo, que indicam possíveis irregularidades nos procedimentos adotados.
Enquanto o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outros ministros sustentam a legalidade das ações de Moraes, as críticas aumentam em relação à condução e à duração prolongada do inquérito. A possível conclusão do caso busca suavizar o clima de confronto entre Judiciário e Legislativo, especialmente após decisões de Moraes que provocaram reações no Congresso, como a rejeição de uma medida provisória para aumentar o orçamento do Judiciário.