O julgamento de Felipe Martins no Supremo Tribunal Federal virou palco de uma construção frágil, baseada em premissas duvidosas e protagonizada por ministros que, em vez de magistrados, parecem atuar como promotores. A tal "minuta do golpe" sequer foi localizada nos autos, e a ausência de provas sólidas não impediu o avanço de uma narrativa montada para justificar a criminalização da dissidência.
Durante a sessão, Alexandre de Moraes respondeu com evasivas quando questionado sobre o documento-chave do processo. Flávio Dino, por sua vez, debochou de quem estava no banco dos réus, expondo o desprezo pela seriedade do julgamento. “Vamos ver isso lá na frente”, disse Moraes sobre a prova inexistente e, como era de se esperar, nunca vimos.
Fabiana Barroso, advogada e comentarista do Bradock Show, classificou o julgamento como fruto de uma “árvore envenenada”. Segundo ela, “o processo nasce da mentira e contamina todo o direito”. Para Fabiana, o STF abandonou a técnica e se tornou um tribunal de exceção, transmitido ao vivo para legitimar o injustificável.