Em meio à escalada da violência no Rio, com 121 mortos, 91 fuzis estrangeiros apreendidos e o crime organizado expandindo domínio, o Supremo Tribunal Federal direciona suas atenções a Paulo Figueiredo, jornalista que vive há uma década nos Estados Unidos. O ministro Alexandre de Moraes acionou Ricardo Lewandowski, agora na Justiça, para intermediar o envio de uma carta rogatória internacional.
O processo busca apenas notificar o jornalista, em um trâmite que já dura oito meses, com direito a cooperação internacional e suspensão de prescrição. Moraes chegou a usar vídeos publicados por Paulo nas redes sociais como “prova” de que ele teria ciência da denúncia.
A Defensoria Pública da União rebateu, afirmando que “breves comentários” não configuram ciência formal da acusação, reforçando que apenas a carta rogatória poderia cumprir esse papel algo que parece desproporcional diante da gravidade da crise de segurança que o país enfrenta.